terça-feira, 2 de novembro de 2010

Girías ,

A gíria, é um fenômeno de linguagem especial usada por certos grupos sociais pertencentes à uma classe ou a uma profissão em que se usa uma palavra não convencional para designar outras palavras formais da língua com intuito de fazer segredo, humor ou distinguir o grupo dos demais criando uma linguagem própria.

É empregada por jovens, crianças e adultos de diferentes países e classes sociais, e observa-se que seu uso cresce entre os meios de comunicação de massa. Trata-se de um fenômeno sociolinguístico cujo estudo pode ser feito sob duas perspectivas: gíria de grupo e gíria comum.
A gíria de grupo é usada por grupos sociais fechados e restritos, que têm comportamento diferenciado.
Quando o uso da gíria de grupo expande-se, passa a fazer parte do léxico popular e torna-se uma gíria comum.

GÍRIAS CEARENSES:
Butá buneco---Se divertir
Ele é môco---Ele é surdo
Vamo simbora nêgada---Vamos embora pessoal
O bicho é lezado---Ele é lento
Pense num macho pé na cóva---Pense num homem preguiçoso
Só andam encangado---Só adam juntos
Peço penico---Desisto

GÍRIAS FLUMINENSES:
Ficou na pista: Deu mole em alguma coisa, passou vergonha
Vacilou: Marcou bobeira
Zoar ou Zueira:Fazer bagunça
Ei tá preula: Ficar impressionado
Ficou pequeno : Ficou mal falado
Queimou meu filme: fizeram fofoca a respeito de você
Rasga: Sai correndo, sai daqui

GÍRIAS GAÚCHAS:

Acolherar; Acolherar-se: Unir, juntar, juntar-se, associa-se.
Alambrado: aramado; cerca feita de fios de arame.
Apear: Descer; apear-se do cavalo.
Bagual: Potro recentemente domado, arisco, bisonho.
Bergamota: tangerina, mexerica.
Bochinche: Desordem, briga; baile de ínfima classe.
Bolicho /e: Pequena casa de negócio; taverna,. Bodega.

GÍRIAS BAIANAS:

A locé: como bem quer
A par de: do lado
A toque de caixa: imediatamente
Abrir o chambre: fugir
Acompanhar farrancho:meter-se em complicações
Alcaides: coisa fora de moda, ruim
Alodê, arigofe, pau-de-fumo: homem muito preto

GÍRIAS MINEIRAS:
Agaravios: apetrechos, coisas, armas e implementos destinados ao seu porte.
Bacurim: o leitão que ainda amamenta
Barango: diz-se de pessoa ou de coisa de mau gosto, barata, fora de moda, cafona
Beira-mar: cantiga de canoeiros, ao compasso das vogas ou dos remos.
Bembeu: pessoa raquítica, mirrada; bezerro enjeitado
Bololô: confusão, briga, dificuldade
Bonserá: casa de cômodos, cortiço, habitação coletiva de baixa categoria

GÍRIAS PARANAENSES:
Amolar: incomodar
Anca: quadril
Andeja: andarilha
Aparecido: fantasma
Apoitar: amarrar na poita, atracar
Avacalhar: desmoralizar
Baita ou bruta: muito grande

GÍRIAS PAULISTANAS:
Arribar: chegar
Assuntar: perguntarm inquirir, também meditar
Assustado: baile de improviso, função
Banzé: desordem, briga, confusão
Batuta: excelente, ótimo. Usado para dar nome a animais domésticos.
Biriba: o mesmo que caipira ou tropeiro. Também é um jogo de cartas
Bizarria: esforço, bravura, valentia. Como vai essa bizarria?

GÍRIAS MARANHENSES:

Aço - Meter o aço: levar de roldão. Fazer algo de forma impetuosa e violenta.
Adão - Nos tempos em que Adão era cadete: antigamente, nos tempos antigos
Alho - Ser um alho: ser vivo, esperto, ladino.
Passado na casca do alho: esperto, sagaz, matreiro
André - Ficar André: encabular, encalistrar
Arara - Comer arara: ser tolo, atrasado, ingênuo. Possível conotação com o índio brasileiro, comedor de pássaros.
Arromba - Festa de arromba: festa supimpa, farra grossa.
By:Bianca Teófilo

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